sábado, 17 de outubro de 2009

O MUNDO LIVRE E A LIBERDADE DA ESCOLA

Comentário sobre o texto de Alberto Tornaghi - Assessor pedagógico do Departamento de Informática Educativa - Colégio Santo Inácio, Rio de Janeiro, RJ. Pesquisador da COPPE - UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro.
O texto de Alberto Tornaghi,nos leva a reflexão sobre a utilização dos softwares livres... Mas afinal, o que é um software? Software, como ele mesmo relata no texto, é a palavra da língua inglesa, designada para programa de computador... Os programas podem ser editores de texto, pra fazermos uma apresentação de algum trabalho, Windows, Linux... Nesses últimos dois exemplos (Windows e Linux) são programas de computador com finalidades semelhantes... Eles são sistemas operacionais, que fazem o nosso computador funcionar. Eles obedecem as nossas ordens, ficam entre nós, dando os comandos para a máquina. Esses dois sistemas têm características específicas: um é livre (Linux) e o outro é proprietário (Windows). O que significa isso? Significa que quando um sistema é livre, ele não custa nada, não pagamos por ele, e além dessa vantagem também temos a liberdade de modificá-lo. Já o sistema proprietário, temos que pagar por ele (comprá-lo) e não temos acesso a sua modificação...
O autor faz uma explicação entre esses dois sistemas operacionais no texto, e o que ele, mas da ênfase são nas questões de liberdade de escolhas. Compara a venda dos sistemas operacionais proprietários, com os direitos autorais de músicas vendidas nos CDs. Quando compramos um cd de música, não compramos a música, mas sim o direito de ouvi-la. Diz-nos também que ao comprarmos o cd, não temos o direito de fazer uma copia e sair vendendo, nem de receber os direitos a cada vez que o cd é tocado... Porque esses são os direitos do autor da música ou de alguém que os comprou. Já os sistemas operacionais livres, permitem o acesso a todas as pessoas, fornecendo senhas, sem a autorização de ninguém. O programa não tem um dono que recebe direitos cada vez que alguém o utiliza, ou seja, não enriquece ninguém. E o que automaticamente, nos dá mais liberdade...
O que podemos fazer então na reflexão dessa questão é levar essa discussão para as escolas. A maioria das escolas públicas estão recebendo novos computadores com sistema Linux, e muitas vezes, professores e alunos resistem a ele, dizendo que não funciona. Isso ocorre simplesmente, pelo fato de não conhecê-lo. Se ensinarmos as nossas crianças como utilizá-lo, eles aprenderão. Mas não é só isso que devemos fazer. Devemos fazer com que as crianças reflitam desde pequenos, sobre a importância de utilizar esses programas livres. Que um programa livre lhe dá condições de manipulação e de possibilidades de criação. O programa proprietário, não lhes dá essa oportunidade. Eles tem apenas a intenção de gerar lucro, e de não possibilitar o uso de suas ferramentas, pois quem o criou é o seu dono. No sistema livre, todos são donos, e por ser um programa gratuito, mas pessoas terão o acesso às novas tecnologias. É isso que importa! Quanto mais pessoas tiverem oportunidade de acesso a essas novas tecnologias, mais inclusas estarão. E talvez sonhar com um amanhã de oportunidade de trabalho que lhe gere renda, lhe dando condições dignas de viver em uma sociedade mais justa e igualitária.
Terminamos com a citação de duas frases do autor, para reflexão de como construir conceitos sobre as tecnologias, com nossos alunos e professores..."Uma tecnologia que faz escola e uma escola que faz tecnologia. Estas são opções para construção de autonomia, de liberdade de possibilidades para a construção de um caminho próprio. Uma escola que faz tecnologia deve ser uma escola que cria com liberdade. Que cria uma sociedade livre. "ALBERTO TORNAGHI
Professoras Ana Lucia e Sabrina

Um comentário:

  1. É isso mesmo, o que importa realmente é que todos possa ter acesso às novas tecologias...
    Eu também resitia (hj resisto mesnos) ao uso do Linux e em breve ele se tornará bastante usual.
    Se nos apresentarmos dispostos a aprender, as crianças seguirão nosso exemplo.

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